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        A fúria do Furacão Milton, que devastou a costa leste dos Estados Unidos, ecoou além das fronteiras americanas, gerando um efeito dominó nas dinâmicas do mercado agrícola global. A Flórida, um dos principais estados produtores de frutas cítricas, milho e algodão, foi duramente atingida, com plantações inteiras arrasadas e infraestrutura agrícola comprometida. As consequências dessa catástrofe natural reverberaram no mercado internacional, criando um cenário de oportunidades e desafios para a agricultura brasileira.

        Esse impacto na agricultura dos EUA pode gerar reflexos econômicos no Brasil, especialmente no setor agrícola. O aumento da demanda global por milho, por exemplo, devido à redução da oferta americana, pode favorecer as exportações brasileiras, elevando os preços do grão no mercado internacional. Esse cenário também se aplica a outras commodities que o Brasil exporta, como açúcar e suco de laranja, já que a Flórida, local mais afetado pelo furacão, é um grande produtor de frutas cítricas.

        Embora o aumento das exportações brasileiras seja um ponto positivo, é importante ressaltar os desafios enfrentados pelos produtores nacionais, como a volatilidade dos preços e a dependência de insumos importados. Essa valorização dos preços pode também pressionar o mercado interno, resultando em um aumento de custos para produtores brasileiros que dependem de insumos importados dos EUA, como fertilizantes e equipamentos agrícolas.

        Essas previsões ainda são incertas e a concretização dessas dependerá da capacidade de recuperação dos agricultores americanos e das reações do mercado global à nova dinâmica de oferta e demanda.

Efeitos no Brasil

        Os efeitos do furacão Milton sobre a agricultura nos EUA têm implicações diretas para o Brasil, tanto em termos de oportunidades quanto de desafios no comércio agrícola. 

Embora o Brasil possa se beneficiar do aumento dos preços das commodities agrícolas causado pela redução da produção nos EUA, é importante considerar os desafios logísticos e de infraestrutura que podem surgir. Um exemplo disso seria a capacidade de exportar para mercados que dependem dos portos americanos, que pode ser comprometida, afetando a competitividade das exportações brasileiras. 

Conclusão

        O Furacão Milton serve como um lembrete da fragilidade dos sistemas agrícolas globais frente a eventos climáticos extremos. Para o Brasil, essa tempestade representa tanto uma oportunidade para aumentar suas exportações quanto um desafio para lidar com a volatilidade dos preços e a necessidade de diversificar seus mercados. A monitorização contínua da situação é essencial para que os produtores brasileiros possam se adaptar às mudanças no mercado global, adotando estratégias adequadas para aproveitar as oportunidades e minimizar os riscos.








 

Por: Natália Siqueira em 18/10/2024

 

Fontes: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cvgl08xk0klo

https://agroemcampo.ig.com.br/2024/como-o-furacao-milton-afeta-o-brasil-e-o-seu-bolso/

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