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Nuvem rotativa

La Niña: como o fenômeno pode afetar o agronegócio no 2º semestre de 2024?

   O La Niña, que se caracteriza pelas águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial mais frias do que a média, deve influenciar o agronegócio brasileiro no segundo semestre de 2024, com impactos variados em diferentes regiões do país. Historicamente no Brasil, O fenômeno costuma trazer consigo um aumento nas chuvas no Norte e Nordeste, enquanto o Centro-Oeste e Sul podem presenciar um período mais seco. Ademais, as temperaturas também tendem a ser mais baixas nessas regiões durante a fase do fenômeno. No entanto, é importante lembrar que cada evento de La Niña é único, e seus impactos podem variar em intensidade e localização.

Previsões para o Brasil:

   No Sul do Brasil, a previsão é de chuvas abaixo da média, o que pode levar a um risco de seca, principalmente durante o plantio de culturas de soja e milho. A estiagem também pode afetar a pecuária, com diminuição da disponibilidade de pastagens.​

   Para o Norte e Nordeste, a previsão indica chuvas irregulares, com áreas com chuvas acima da média e outras com chuvas abaixo da média. Isso pode afetar a produção de culturas como cacau, banana e mandioca. No Nordeste, o risco de seca ainda persiste em algumas áreas, especialmente no sertão, porém espera-se uma estação chuvosa abundante a partir de outubro e novembro de 2024.

​   Já no Centro-Oeste e Sudeste, embora o fenômeno não traga mudanças tão drásticas no quesito precipitação, ele pode ter um impacto negativo no início da primavera. A intensificação da seca, típica do La Niña, pode atrasar as chuvas e, consequentemente, o plantio da soja na região central do país.

Como lidar?

   Para os produtores rurais, especialistas recomendam que tomem conhecimento sobre os tipos de condições climáticas e eventos meteorológicos extremos que ocorreram na sua região durante os eventos La Niña anteriores, de maneira a compreender os riscos durante as estações futuras, para se prevenir contra possíveis novos danos.

​   Além disso, medidas estratégicas como a constante monitoração climática, diversificação de culturas, e uso de técnicas de manejo adequadas para lidar com o excesso ou a falta de chuvas, também são recomendadas.​ Também vale ressaltar a importância do acompanhamento dos estudos de órgãos como o Instituto Nacional de Meteorologia e o Embrapa, que fornecem dados e medidas sobre como lidar com o La Niña.

   

Por: Luiz Colino em 18/07/2024

Fontes: https://www.gov.br/mcti

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