Decisão autoritária dos poderes russos
O órgão de fiscalização financeira da Rússia, o Serviço Federal de Monitoramento Financeiro (Rosfinmonitoring) responsável pelo combate ao financiamento do terrorismo e detentor da lista de movimentos e organizações consideradas extremistas e terroristas pelo país, adicionou nesta sexta-feira (22/03) o Movimento Internacional LGBTQIA+ ao documento russo.
A decisão foi anunciada após a Suprema Corte, em novembro de 2023, reconhecer legalmente o movimento LGBTQIA+ como “extremista”. Essa medida parte de uma série de movimentos autoritários do governo russo, revelando uma escalada preocupante na repressão de direitos humanos e liberdades civis dentro do país.
Impactos na comunidade LGBTQIA+ local
Atualmente, a Rússia possui uma estimativa de 1,5 milhão à 2,5 milhões de pessoas LGBTQIA+, que sofrem repressões e discriminações persistentes a anos por sua identidade de gênero e sexualidade. Como exemplo, não podem se identificar abertamente com sua identidade.
Entretanto, essa decisão judicial marca maiores e profundas implicações à essa população, principalmente no âmbito internacional, já que a adição desse grupo à lista de terroristas e extremistas reverbera na crescente preocupação com a intolerância e o desrespeito e violação dos Direitos Humanos da população russa.
Respostas Internacionais à declaração russa
O reconhecimento autoritário russo à diversidade alarmou diversas nações e organizações internacionais, que condenaram a medida tomada, reforçando a importância de respeitar e preservar os Direitos Humanos individuais e fundamentais da população, independente da maneira como se expressam e se identificam. Com isso em mente, o desafio diplomático atual do Sistema Internacional é como lidar efetivamente com a nação russa, que já se demonstrou disposto a ignorar normas e tratados internacionais em benefício próprio e de seus interesses político-econômicos.
Por Rafael Breder em 27/03/2024
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