O sabor do sucesso do café, vinho e gim nacionais abre portas para possibilidades de exportação
As bebidas brasileiras sempre foram admiradas e degustadas em todo o mundo. O País se destaca no comércio desses itens e está saboreando o sucesso de sua produção, com o setor apresentando sinais significativos de crescimento. As altas demandas de três produtos chamam a atenção no mercado: o Café Artesanal, o Vinho e o Gim.
O café, uma das principais pautas exportadoras do Brasil
No final do século XVIII, o Café acendeu como uma das principais mercadorias na folha de exportação nacional e, hoje, o Brasil é o maior produtor e exportador do mundo, faturando 4.86 bilhões de dólares por ano segundo o Observatório da Complexidade Econômica (OEC). Em relação ao consumo, o País fica atrás apenas dos Estados Unidos, com a tendência dessa demanda nacional crescer 3,6% em 2019 de acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).
Com uma grande diversidade de grãos, cada vez mais o consumidor busca ofertas diferentes, visando uma boa qualidade de seu tão querido "cafezinho". Segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais, a expansão do mercado de cafés diferenciados chega a 15% ao ano, enquanto o convencional cresce apenas 3%. Desta forma, o Café Artesanal cai no gosto do brasileiro, com mais marcas nacionais no mercado apostando, principalmente, na originalidade para atrair o interesse do freguês. A alta qualidade dos grãos faz com que o item tenha um caráter único e se diferencie da commodity "café", sendo esse um produto com grande possibilidade de ascensão no mercado internacional.
O crescente destaque internacional do vinho brasileiro
O Vinho nacional também vem se destacando e ganhando popularidade entre os clientes que apreciam o gosto particular das uvas brasileiras. Segundo dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), a fabricação interna obteve um crescimento de 169% em 2017 ao passo que o Brasil ocupa a posição 14ª no ranking de maiores produtores do mundo, com o Rio Grande do Sul como maior estado fabricante. Portanto, há espaço para a expansão do mercado nacional e espera-se que, cada vez mais, a tradicional bebida fermentada brasileira seja valorizada internacionalmente. Exportando para países como Paraguai, Chile, Estados Unidos, Cingapura e Reino Unido, o Brasil tem uma perspectiva positiva de crescimento no comércio global desse item, sendo uma oportunidade eminente para empresários brasileiros expandirem de seus negócios.
O gim: destaque no Brasil e perspectivas do mercado exterior
Outro produto que adquiriu grande relevância comercial foi o Gim. Segundo um estudo da Euromonitor Internacional, a bebida se tornou o novo "queridinho" do Brasil e, mesmo com o mercado de destilados não apresentando um crescimento significativo em 2017, teve suas vendas crescendo em 66% no ano, sendo o sétimo destilado mais consumido nacionalmente. Nessa mesma análise, o país ocupa a 22ª posição entre os maiores comerciantes globais da bebida e tem previsão de continuar crescendo; até 2022, pode alcançar a 17º posição. Ou seja, o mercado interno do Gim não para de crescer, tanto na produção como no consumo.
Com essa ascensão do Gim no país, a perspectiva para comércio internacional desse item também é favorável para os produtores brasileiros: a hora de exportar é agora, focando como destino, sobretudo, os principais países compradores dessa bebida, como Filipinas, Estados Unidos, Nigéria, Espanha e Reino Unido.
A importância do auxílio de uma consultoria internacional
Portanto, com as expectativas de crescimento positivas tanto para o mercado interno quanto para o externo, há um caminho vantajoso para as bebidas nacionais citadas. Foi-se o tempo de apenas produtos com rótulos estrangeiros ganharem visibilidade; assim, a opção da exportação é um grande negócio para produtores brasileiros que desejam expandir e encontrar novas oportunidades. Porém, é necessário um planejamento estratégico e um estudo detalhado do mercado, trabalho de uma consultoria, auxiliando nas tomadas de decisões para que o comércio nesse setor se torne cada vez mais saboroso.
Por Beatriz Sgrignelli Henrique em 03/05/2019
Fontes: