Ucrânia passa por seu pior momento desde a invasão russa e conflito se ofusca internacionalmente
Guerra Rússia X Ucrânia
O conflito iniciado em 2022 entre a Rússia e a Ucrânia tem se estendido até a atualidade, e se agrava a cada dia que passa. O presidente russo, Vladimir Putin, mantém seus objetivos e reitera que não haverá paz até que sejam alcançados. Até o momento, um total de 671 mil soldados russos permanecem lutando na Ucrânia, desses, 244 mil foram convocados no decorrer da guerra. As forças invasoras de Putin, ocupam cerca de 20% do país vizinho.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, mantém as Forças Armadas defensivas apenas com o auxílio externo, principalmente dos Estados Unidos. No entanto, autoridades da Casa Branca, alertam aos líderes do congresso que, a potência norte-americana está ficando sem tempo e dinheiro para ajudar a Ucrânia frente a guerra. Nessa perspectiva, o cenário desvantajoso da Ucrânia retrata uma falta de suporte internacional, uma vez que a guerra russa-ucraniana é ofuscada por outros conflitos internacionais.
Conflito Israel X Palestina afetando a guerra
Na contemporaneidade, o globo se mantém atento à região do Oriente Médio a partir da eclosão brutal do conflito entre Israel e Hamas. O que anteriormente concentrava as atenções do mundo, a guerra Rússia X Ucrânia, atualmente está sendo impactada diretamente pelo conflito israelo-palestino. As piores notícias, de imediato, são para Kiev. Após anos de relativa inatividade, o Oriente Médio volta ao centro das preocupações dos Estados Unidos e do Ocidente em geral. As dificuldades que Volodymyr Zelenski vinha tendo meses atrás tendem a se acentuar com a dispersão do foco no combate aos russos.
Neste momento, a oposição republicana no Senado dos EUA, vetando o pacote democrata que previa cerca de R$300 bilhões para Ucrânia em 2024, contém a justificativa de que a medida inclui apoio à guerra de Israel contra o Hamas. Assim, o problema em potencial sobre munições e depósitos pertencentes a Washington vêm à tona para apoiar o aliado israelense contra a guerra.
Apoio norte-americano para Ucrânia
Em contrapartida, o presidente estadunidense, Joe Biden, declara que os EUA continuarão apoiando a Ucrânia enquanto for possível. Em uma coletiva de imprensa com o presidente ucraniano, Biden reforça o fornecimento de armas e equipamentos críticos ao país enquanto puder. Essa mudança reflete os principais obstáculos na aprovação do novo pacote de assistência à Ucrânia, proporcionado pelo governo dos EUA. Após a reunião, Zelensky juntamente a outros legisladores no Capitólio, aparentam que uma nova ajuda não seria disponibilizada antes do final do ano.
Porém, altas expectativas são estimadas pelo presidente Joe Biden, uma vez que comentou que aprovou US$200 milhões em ajuda para a Ucrânia. Apesar disso, ambos presidentes resistiram durante a coletiva à afirmação que a contra-ofensiva ucraniana está estagnada. Zelenski afirma que os sucessos no campo de batalha "ñao foram fáceis", mas seu país conseguiu resistir bem.
Contudo, a esperança ucraniana colocada na contra-ofensiva, com badaladas, se torna nociva, dado que está insuficiente em armas e treinamento da OTAN para os soldados. Ainda que obteve ganhos pontuais, a Ucrânia fracassou em seu objetivo de cortar a ligação terrestre entre a Rússia e a Crimeia, por ocupação do leste e do sul ucraniano. Infelizmente, é cedo para tecer qualquer desfecho ao conflito, mas é fato que a Rússia se mantém firme na invasão. Se Putin falhou em derrubar Zelensky e dominar toda a Ucrânia no ano passado, o presidente russo conclui 2023 em uma posição proprícia.
Por Isabel de Castro Ribeiro em 14/12/2023
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