Crustáceos: três produtos de um mercado promissor
Em termos de consumo, entende-se popularmente por crustáceos um grupo de seres marinhos composto por siris, lagostas, camarões e caranguejos, os quais são populares na culinária brasileira, uma vez que compõe inúmeros pratos nacionais, dos mais simples aos mais sofisticados. Tal característica, juntamente com a tecnologia, foram fundamentais para impulsionar a produtividade deste gênero, cuja produção encontra-se muito presente no nordeste do país.
Dentro dele, o destaque vai para a produção de camarão. A carcinicultura obteve um crescimento de 18% em 2018, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Camarão (ABCC), e gerou R$ 3 bilhões para a indústria nacional a partir das 77 mil toneladas no ano citado. A tendência de aumento produtivo também é esperada para os anos seguintes, o que gera expectativas positivas quanto a exportação do produto, principalmente, pela procura por alimentos mais saudáveis.
Diferentemente do camarão, a lagosta tem forte participação no mercado externo. Em 2018, 3,5 mil toneladas foram comercializadas mundo a fora, que renderam aproximadamente US$ 70 milhões, sendo a maior parte para os Estados Unidos, China e Austrália, majoritariamente em função da nobreza de sua carne.
Outro produto que, surpreendentemente, apresenta grande apreciação da carne é o siri mole, o qual chega a superar o preço de consumo da lagosta em alguns países que exportam o produto, como os Estados Unidos. A alta reprodutibilidade do animal garante uma produtividade elevada, apesar de uma exportação ainda tímida nos últimos anos, não ultrapassando US$ 1 milhão, e de infraestrutura e logística para criação pouco desenvolvidas.
Assim, a versatilidade dos crustáceos garante a sua ampla utilização na gastronomia. A maior parte da produção ainda é destinada para o mercado interno, mas as qualidades destes produtos e as previsões de crescimento produtivo criam um cenário futuro atrativo para a exportação, o qual pode ser bem explorado tendo em mãos informações sobre os potenciais mercados do ramo.
Por Arthur Rodrigues em 20/01/2020
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