Introduzida no Brasil no início do século XX, a soja passou a ser cultivada de forma intensa na parcela sul do país. Mas, a partir da década de 1970, foi possível observar uma expansão da produção nas demais regiões brasileiras, fazendo com que a área de cultivo de soja tivesse um crescimento acelerado nas últimas quatro décadas, saindo de 6,9 milhões de hectares, em 1977, para 35,9 milhões em 2019, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).
Brasil possui elevada produção
Esse alargamento na área destinada a plantação acabou, consequentemente, refletindo no crescimento da produção. Situação que pode ser observada no fato de que a quantidade produzida saltou de 12,1 milhões de toneladas na safra de 1977 para 115 milhões de toneladas na safra de 2019, de acordo com dados da CONAB. Este contexto, fez com o Brasil acabasse se tornando um dos principais players globais no comércio de soja em óleo, grão e farelo. À vista disso, os brasileiros podem ser caracterizados atualmente como um dos três países em que 82% da produção mundial está concentrada, segundo dados de 2018 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Brasil é um dos maiores exportadores e importadores mundiais
Uma das principais partes da cadeia produtiva da soja, se configura por ser a produção do farelo de soja, o qual é extremamente utilizado para a composição de rações animais, destinado à nutrição de bovinos, aves e suínos. Sendo consumido, principalmente, pelos chineses, estadunidenses, brasileiros e europeus. Com base nisso, é importante ressaltar que a China se destaca por ser a maior produtora e exportadora de farelo do mundo, mas juntamente com a produção do Brasil, EUA e da Argentina, esse volume passa a englobar cerca de 76% da oferta mundial desse produto.
Aumento na demanda internacional
Nesta perspectiva, torna-se válido observar que as taxas médias de crescimento na produção brasileira, chinesa e argentina tem se mostrado cada vez mais intensas. Situação que pôde ser gerada, por exemplo, graças ao aumento na demanda dos principais consumidores, como no caso da França. Haja vista que, segundo dados do Ministério da Economia, uma significativa parte do farelo de soja importado pelos franceses tem como origem o Brasil, o que acabou possibilitando com que, em 2019, o país comprasse o equivalente a US$ 595 milhões dos brasileiros. Todavia, como já foi expresso pelos franceses, existe um desejo no país de substituir alguma de suas culturas pela soja. Essa conjuntura, acaba evidenciado a tendência de ampliação dos principais concorrentes Brasil e de aumento na demanda. Isto posto, é recomendável que o produtor brasileiro de soja, fortaleça suas relações comerciais com países como a China e as demais economias complementares à economia brasileira e, invistam na exportação de forma expressiva.
Importância de uma consultoria internacional
Todavia, para esse cenário possa se tornar de fato uma realidade e os produtores e comerciantes possam ter resultados mais confiáveis e assertivos nesse processo, mostra-se necessária a assistência de uma consultoria, a qual pode realizar um planejamento estratégico e um estudo de mercado sobre o contexto internacional. Essa preparação fará com que, consequentemente, a exportação de farelo de soja possa continuar forte e crescer cada vez mais, se tornando assim um dos comércios mais rentáveis para a economia brasileira e para seus empresários.
Por Julia Zahary em 24/03/2021
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