Pesquisadora brasileira é indicada para presidir o IPCC
Nesta segunda-feira (10), o governo brasileiro anunciou a indicação da pesquisadora brasileira, Thelma Krug, para presidir o órgão de mudanças climáticas da ONU, o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).
Sobre o órgão
O IPCC foi criado em 1998 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) a fim de regular os futuros passos da humanidade no que diz respeito às questões climáticas. Assim, tal associação foi fundamental para cumprir metas ambientais e negociações internacionais, como o Protocolo de Quioto, em 1997, e o Acordo de Paris, em 2015. Ademais, a instituição tem a função de divulgar dados científicos a respeito de políticas supranacionais e seus impactos no mundo.
Trajetória de Krug
A pesquisadora brasileira tem sua formação em matemática pela Roosevelt University, em Chicago, e doutorado em estatística espacial pela University of Sheffield, na Inglaterra. Apesar de atuar como pesquisadora no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, construiu sua carreira ao longo dos anos, alcançando, em 2016, a diretoria no Ministério do Meio Ambiente. Outrossim, deve-se mencionar sua familiaridade com o IPCC, uma vez que, co-presidiu o órgão de 2002 a 2015, ocupando desde 2015, uma das três vice-presidências do Painel.
O que podemos concluir?
Se porventura for eleita, Krug será a primeira mulher e representante latino americana a tomar tal título de liderança dentro do IPCC. Caso ocorra, será um marco para a política internacional, uma vez que incentiva a igualdade de gênero e a ocupação de mulheres em cargos de liderança em organismos internacionais, cargos os quais são geralmente ocupados por homens nascidos em grandes potências.
Também, deve-se mencionar que as eleições acontecerão nos dias 24 a 28 de julho, em Nairóbi, Quênia.
Por: Giulia Cabete em 14/04/2023
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