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União Europeia proíbe o uso de microplásticos: fim do glitter ou oportunidade para o empreendedor brasileiro?

Do Carnaval ao mar: o rastro do microplástico

           O Carnaval é a festividade popularmente conhecida pela música, folia, bebida e, claro – pelo glitter. Agora, quando o Carnaval acaba, pra onde vai todo esse brilho? Os impactos do adereço brilhante estão, cada vez mais, sendo apontados pela comunidade científica como perigosos.

           Não só o glitter, mas toda a gama dos chamados “microplásticos” (partículas de polímero com menos de 5 mm), causam danos irreversíveis ao meio ambiente, já sendo encontrados no ar, nos oceanos e até no sangue, placenta e coração humanos. Dessa forma, diversos setores vêm se mobilizando para encontrar alternativas ao poluente.

Mudanças importantes no mercado europeu

      Diante disso, no dia 25 de setembro de 2023, a União Europeia adotou medidas restritivas em relação a comercialização do microplástico, proibindo a venda do material em si e de mercadorias que o contenham intencionalmente. As restrições atingirão uma ampla gama de setores e produtos, sendo os principais o glitter, cosméticos em geral, e o material usado em quadras esportivas artificiais. A iniciativa faz parte do Plano de Ação de Poluição Zero, e tem como objetivo reduzir em 30% o uso de microplásticos até 2030.

       As restrições adotadas pela Comissão Europeia foram baseadas nas recomendações do comitê científico da Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA), e entraram em vigor já no final de 2023. Os primeiros produtos a serem afetados pela proibição foram o glitter e cosméticos que contém microesferas em sua composição, sendo que os demais materiais passarão por um período de adaptação para desenvolvimento de tecnologias, que pode durar até 8 anos. Vale ressaltar que as restrições não se aplicam somente aos produtos fabricados na União Europeia, mas também para os importados do exterior e comercializados dentro do bloco.

Oportunidades pela frente

           Diante desse cenário, apresenta-se uma boa oportunidade de crescimento para empresas do ramo de cosméticos naturais, ou “clean beauty” (beleza limpa), termo que vem se popularizando. No ramo de cosméticos, higiene pessoal e perfumaria a conjuntura é próspera: de acordo com a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), em 2023, o setor evidenciou um aumento no comércio internacional de 14,5% em relação ano anterior, registrando um superávit na Balança Comercial de U$80,8 milhões.

           Além disso, segundo a associação, a perspectiva para crescimento no setor de produtos sustentáveis é favorável, uma vez que “(...) para 76% dos consumidores a sustentabilidade é mais importante hoje do que há dois anos. Embora o preço do produto ainda seja o fator mais determinante na escolha da marca, a categoria de ‘produtos amigáveis para o meio ambiente’ se estabeleceu entre os cinco atributos mais importantes na hora da compra.”.

Por Maya Menichelli Janeiro em 06/02/2024

Fontes:

https://bit.ly/3OBIy41

https://bit.ly/49hGlms

https://bit.ly/3OB1O1s

https://bit.ly/3UDtdnc

https://bit.ly/3OyRuXW

https://bit.ly/4bwcqbO

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